sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eu faria tudo outra vez, se soubesse que ouviria o eco responder
A tudo aquilo que por noites em claro busquei no radar
Mas as antenas não traziam nada, então fiz da estática
O mar em que com cinzas nos pulmões, afoguei as mágoas
Por não escutar nas conchas as ondas
E acabei me enforcando em freqüências sem sinal
Terminar seria o fim se não fosse uma variável
Nos beijos de quem transmite em línguas que eu não sei
E eu não tenho a tecla SAP Para poder ler entre as linhas
Quando o sal distorce a visão
E entre bolhas tento soltar meus pés e as algas querem dançar
Só mais uma valsa (Somos um casal rodando Entre as águas-vivas)
Laocoonte não conseguiu conectar seu computador
E serpentes do mar não lhe deixaram gravar seus avisos
Pois as caixas postais estão lotadas, ninguém dá ouvidos a Cassandra
Pois Helena, todos contemplam teu sorriso
E eu já não ouço a banda tocar
Em teus braços me deixo levar
E meus dedos desenham círculos na areia
E há quem diga, que nem o mais profundo mar
Conseguiu limpar o brilho nos olhos
E o sorriso tão ímpar desta Mona Lisa


Mais um dia vivendo...vamo ver até quando né Tremere?

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