sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"Tantas coisas pra dizer.
Tão pouco tempo pra esperar.
Num piscar de olhos tudo se vai.
O que hoje é, amanhã nunca mais.
Os dias vão dançar.

Que viver assim,
só pra correr atrás,
me cansa.
Eu não sou como você.
Tudo aqui está tão bem
mas não me diz mais nada.

Eu que não vou ficar aqui
fingindo estar contente.
Sentado nessa praça, com cara de estátua,
perdendo meus dentes."

Dance of Days escrevendo minhas história novamente.
E...é,acho que morreu mesmo.
Cada vez mais perto do fundo do poço,mais perto de realizar a máxima do Durden de : "só depois que perder tudo é que será livre para ter algo."
Até que a idéia não é tão ruim,pelo contrário.
Você começa a vida com X e depois vai acrescentando mais a isso parece bom,mas você não vai valorizar o que tiver depois.Quero dizer,não vai dar o MESMO valor que iria dar caso tivesse perdido tal coisa.
Quando se perde TUDO,até esperança,seu amor próprio,teu coração,perder a vida no sentido metafórico da coisa, você chega no fundo do poço.
E no fundo do poço qualquer raio de sol você vai dar um valor tão grande,mas tão grande,que vai ser como o nascer do sol no marco 0 do lado de quem você mais ama nessa vida(e pode beijar na boca!).
E ai sim,você começa a viver.So it's time to new start.

Pedro Tremere,perdendo tudo para ter algo e Taumaturgo nas horas vagas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Stella Maris.

Mergulho de cabeça e dentro da água fico admirando o horizonte.Agora concordo com o Renato quando ele fala que o infinito é realmente um dos deuses mais lindos.Mas a minha vista(e alguma outra coisa presa na garganta) me chama pra sentar na areia.Incrível como o mar fica me puxando pra dentro dele,como casal besta que fica brincando de 'não você não vai sair agora,num vou deixar!' e agarra e sacode na água e eu fico rindo como criança por essa comparação.
Até que finalmente chego na praia...o infinito é lindo.Passa uma loira descomunal na minha frente e o lindo rabo dela é a última coisa que me interessa naquele momento.
Dá pra ver teu rosto na água e o vento que bate no cabelo é quase tua mão alisando meus cachos estranhos.Ainda não conformado,volto pra água para uma despedida!Teu rosto fica mais nítido nesse quando me aproximo desse mar verde.Ai Helena Recifense,como depois de tanto tempo ainda tenho Tróia dentro de mim?Não sei...
Mas na tentativa de me despedir ainda tento mergulhar de cabeça,mas penso que é melhor não.Não mergulhar de cabeça.E cada passo que o mar me puxava pra dentro dele eram 2 passos que eu dava pra sair,até que gentilmente passo a mão por ele como carinho,afago,dengo.Fico com remorso por não ter entrado de cabeça.
A melhor parte é que,acho que o mar notando isso vem uma onda leve e me molha os pés como um 'obrigado por ter vindo,reconheci teu esforço' ,penso nisso e fecho os olhos ,mentalizo um 'obrigado' e saio correndo.
Sal do mar nos olhos dá lugar para o sal que vem dos próprios olhos.

Pedro Tremere,espero nunca mais voltar ao cais das dores que senti e Taumaturgo nas horas vagas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"Ele pode estar olhando as suas fotos. Neste exato momento. Porque não? Passou-se muito tempo. Detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz. Escondida. Sem deixar rastro nem pistas. Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boa . Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez ele volte. Ou não."
                             Caio Fernando de Abreu.

Sabe quando um texto cabe perfeitamente ao que se tá sentindo?Como se cada letra fosse uma batida do seu coração?Pronto.É esse texto ai.A ironia maior é o autor dele,muita ironia mesmo desse destino sagaz.Deu uma vontade doida de em cada palavra colocar um comentário pessoal.Mas não,esse texto é muito bonito pra um principiante estragar com seus comentários de 19 anos.Deixo-os na minha mente e memória,arquivados onde talvez saiam.Talvez não,vai da cara do freguês.
Mas quando eu li "De alguma forma, numa noite fria." eu realmente senti um arrepio(é SÉRIO!),isso eu senti!

Pedro Tremere,vestibular vestibular vestibular vai se danar!!! e Taumaturgo nas horas vagas.

Se danem!

"Pergunta-me com muita seriedade uma moça jornalista qual é o meu maior desejo para o ano de 1950. E a resposta natural é dizer-lhe que desejo muita paz, prosperidade pública e particular para todos, saúde e dinheiro aqui em casa. Que mais há para dizer?


Mas a verdade, a verdade verdadeira que eu falar não posso, aquilo que representa o real desejo do meu coração, seria abrir os braços para o mundo, olhar para ele bem de frente e lhe dizer na cara: Te dana! Sim, te dana, mundo velho. Ao planeta com todos os seus homens e bichos, ao continente, ao país, ao Estado, à cidade, à população, aos parentes, amigos e conhecidos: danem-se! Danem-se que eu não ligo, vou pra longe me esquecer de tudo, vou a Pasárgada ou a qualquer outro lugar, vou-me embora, mudo de nome e paradeiro, quero ver quem é que me acha.

Isso que eu queria. Chegar junto do homem que eu amo e dizer para ele: Te dana, meu bem! Dora em vante pode fazer o que entender, pode ir, pode voltar, pode pagar dançarinas, pode fazer serenatas, rolar de borco pelas calçadas, pode jogar futebol, entrar na linha de Quimbanda, pode amar e desamar, pode tudo, que eu não ligo!

Chegar junto ao respeitável público e comunicar-lhe: Danai-vos, respeitável público. Acabou-se a adulação, não me importo mais com as vossas reações, do que gostais e do que não gostais; nutro a maior indiferença pelos vossos apupos e os vossos aplausos e sou incapaz de estirar um dedo para acariciar os vossos sentimentos. Ide baixar noutro centro, respeitável público, e não amoleis o escriba que de vós se libertou!

Chegar junto da pátria e dizer o mesmo: o doce, o suavíssimo, o libérrimo te dana. Que me importo contigo, pátria? Que cresças ou aumentes, que sofras de inundação ou de seca, que vendas café ou compres ervilhas de lata, que simules eleições ou engulas golpes? Elege quem tu quiseres, o voto é teu, o lombo é teu. Queres de novo a espora e o chicote do peão gordo que se fez teu ginete? Ou queres o manhoso mineiro ou o paulista de olho fundo? Escolhe à vontade - que me importa o comandante se o navio não é meu? A casa é tua, serve-te, pátria, que pátria não tenho mais.

Dizer te dana ao dinheiro, ao bom nome, ao respeito, à amizade e ao amor. Desprezar parentela, irmãos, tios, primos e cunhados, desprezar o sangue e os laços afins, me sentir como filho de oco de pau, sem compromissos nem afetos.

Me deitar numa rede branca armada debaixo da jaqueira, ficar balançando devagar para espantar o calor, roer castanha de caju confeitada sem receio de engordar, e ouvir na vitrolinha portátil todos os discos de Noel Rosa, com Araci e Marília Batista. Depois abrir sobre o rosto o último romance policial de Agatha Christie e dormir docemente ao mormaço.



Mas não faço. Queria tanto, mas não faço. O inquieto coração que ama e se assusta e se acha responsável pelo céu e pela terra, o insolente coração não deixa. De que serve, pois, aspirar à liberdade? O miserável coração nasceu cativo e só no cativeiro pode viver. O que ele deseja é mesmo servidão e intranqüilidade: quer reverenciar, quer ajudar, quer vigiar, quer se romper todo. Tem que espreitar os desejos do amado, e lhe fazer as quatro vontades, e atormentá-lo com cuidados e bendizer os seus caprichos; e dessa submissão e cegueira tira a sua única felicidade.

Tem que cuidar do mundo e vigiar o mundo, e gritar os seus brados de alarme que ninguém escuta e chorar com antecedência as desgraças previsíveis e carpir junto com os demais as desgraças acontecidas; não que o mundo lhe agradeça nem saiba sequer que esse estúpido coração existe. Mas essa é a outra servidão do amor em que ele se compraz - o misterioso sentimento de fraternidade que não acha nenhuma China demasiado longe, nenhum negro demasiado negro, nenhum ente demasiado estranho para o seu lado sentir e gemer e se saber seu irmão.

E tem o pai morto e a mãe viva, tão poderosos ambos, cada um na sua solidão estranha, tão longe dos nossos braços.

E tem a pátria que é coisa que ninguém explica, e tem o Ceará, valha-me Nossa Senhora, tem o velho pedaço de chão sertanejo que é meu, pois meu pai o deixou para mim como o seu pai já lho deixara e várias gerações antes de nós, passaram assim de pai a filho.

E tem a casa feita pela nossa mão, toda caiada de branco e com janelas azuis, tem os cachorros e as roseiras.

E tem o sangue que é mais grosso que a água e ata laços que ninguém desata, e não adianta pensar nem dizer que o sangue não importa, porque importa mesmo. E tem os amigos que são os irmãos adotivos, tão amados uns quanto os outros.

E tem o respeitável público que há vinte anos nos atura e lê, e em geral entende e aceita, e escreve e pede providências e colabora no que pode. E tem que se ganhar o dinheiro, e tem que se pagar imposto para possuir a terra e a casa e os bichos e as plantas; e tem que se cumprir os horários, e aceitar o trabalho, e cuidar da comida e da cama. E há que se ter medo dos soldados, e respeito pela autoridade, e paciência em dia de eleição. Há que ter coragem para continuar vivendo, tem que se pensar no dia de amanhã, embora uma coisa obscura nos diga teimosamente lá dentro que o dia de amanhã, se a gente o deixasse em paz, se cuidaria sozinho, tal como o de ontem se cuidou.

E assim, em vez da bela liberdade, da solidão e da música, a triste alma tem mesmo é que se debater nos cuidados, vigiar e amar, e acompanhar medrosa e impotente a loucura geral, o suicídio geral. E adular o público e os amigos e mentir sempre que for preciso e jamais se dedicar a si própria e aos seus desejos secretos.

Prisão de sete portas, cada uma com sete fechaduras, trancadas com sete chaves, por que lutar contra as tuas grades?

O único desabafo é descobrir o mísero coração dentro do peito, sacudi-lo um pouco e botar na boca toda a amargura do cativeiro sem remédio, antes de o apostrofar: Te dana, coração, te dana!"


                                            Talvez o último desejo.
                                                                 Rachel de Queiroz

domingo, 13 de novembro de 2011

Domingo...tá bom,cansei disso já.
Vou pra lá.                                                                            And we're changing our ways
Você vai pra onde quiser,se for na mesmo que eu
pode se sentir desacompanhado.
Em certas caminhadas eu decido se quero ir acompanhado
se quero ir só mesmo...                                                                        Taking different roads
É...tô caminhando pra um buraco,o fundo do poço.
Querendo ou não ganhei muita força pra chegar nele
e é por isso mesmo que...
não quero levar ninguém junto nessa caminhada. 
                                                                   Then love, love will tear us apart, again
adeus.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eu faria tudo outra vez, se soubesse que ouviria o eco responder
A tudo aquilo que por noites em claro busquei no radar
Mas as antenas não traziam nada, então fiz da estática
O mar em que com cinzas nos pulmões, afoguei as mágoas
Por não escutar nas conchas as ondas
E acabei me enforcando em freqüências sem sinal
Terminar seria o fim se não fosse uma variável
Nos beijos de quem transmite em línguas que eu não sei
E eu não tenho a tecla SAP Para poder ler entre as linhas
Quando o sal distorce a visão
E entre bolhas tento soltar meus pés e as algas querem dançar
Só mais uma valsa (Somos um casal rodando Entre as águas-vivas)
Laocoonte não conseguiu conectar seu computador
E serpentes do mar não lhe deixaram gravar seus avisos
Pois as caixas postais estão lotadas, ninguém dá ouvidos a Cassandra
Pois Helena, todos contemplam teu sorriso
E eu já não ouço a banda tocar
Em teus braços me deixo levar
E meus dedos desenham círculos na areia
E há quem diga, que nem o mais profundo mar
Conseguiu limpar o brilho nos olhos
E o sorriso tão ímpar desta Mona Lisa


Mais um dia vivendo...vamo ver até quando né Tremere?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Inverno.

E a minha noite fria de outono passa pra uma de inverno totalmente tempestuosa que me deixa sem chão.
Arrastou tudo,tudo,tudo sem chance de dar um adeus.
A dança dos dias literalmente parou no inverno.
Esperemos o verão então
esperemos.
Tio Edinho nunca vou esquecer de você.Quando passar no vestibular essa vitória vai ser pra o senhor também!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

É como enfiar uma estaca no peito

mas tenho que te esquecer.É foda falar que não vai rolar mais nada.
Iria ser pior se eu continuasse a dar meu braço a torcer mais uma vez e ver meus braços quebrados.
Me desculpe,mas aprendi a dar mais valor a mim.Que não dá,simplismente não dá,pra se sacrificar por alguém que não consegue fazer o mesmo.
Tá,são cabeças diferentes e mundos diferentes.O que pra você é como Satanás em pessoa pra mim é aquele gatinho fofo que usam em gifs por aí.
Se ao menos fosse do mesmo mundo que o meu ou ao menos aceitasse meu mundo do jeito que é,
como se eu chegasse e te falasse em algum parque do centro da cidade num dia que tinha tudo pra dar errado
Quero que você veja o mundo da minha maneira.
Mas...não deu.Não posso mudar a cabeça de ninguém.
Mostrar argumentos pra cair na real?Sim,claro que posso!
Mas usar o verbo 'mudar' no imperativo?Jamais!
Só poderia esperar que por um processo passivo entendesse que...porra véi,minha fumaça não é Made in Tártaro...mas pelo visto não fui bom o suficiente,faltou alguma coisa pra te convencer disso.
Desculpa se ofendi,mas letras são a única forma de gritar sem ser reprimido.
Enfim...é como enfiar uma estaca no peito mesmo
dói
pra
caralho.

Pedro Tremere,tossindo mais que tudo e Taumaturgo nas horas vagas

domingo, 6 de novembro de 2011

Chorou.Morreu.Apagou.

Estava chovendo muito.Mal dava para escutar os passos deles ou ver seus rostos.Mas quando ele olhou para trás deu pra ler um "Me espera!Para de correr!",isso foi o que deu mais raiva e o fez acelerar o passo.
-Que diabos deu nela?Nunca foi de correr quando a gente brigava e agora quando tudo acaba ela vem com esse gás todo!QUE MERDA É ESSA?!
Ele para num bar qualquer na Rua da Moeda,uns viciados em crack ficam me encarando do lado de fora,mas pela minha cara de raiva,aparência e sem um guarda-chuva(mais pela aparência e pela falta do guarda-chuva)percebem que não sou tão importante quanto eles.
-Uma lapada de Pitú e...porra só to com moeda pra isso.3 Hollywood.
-Porra!Tu não pode parar pra me escutar não?Tinha que andar isso tudo?-Incrível que toda situação ela consegue se colocar em 1° plano,provavelmente mais preocupada com o cabelo molhado e a maquiagem borrada do que comigo ou conosco,foda o que uma impressão passa pra outra pessoa.Vamos seguir o ritmo então.
-Eu andei isso tudo porque eu tava com vontade de andar,se tu me seguiu posso fazer nada,não tenho mais NADA pra falar contigo.Tem fogo ai tio?
-Bora conversar,é sério.Olha quanto tempo a gente tá junto,quanto tempo de felicidade e acabar agora?E além...apaga esse cigarro!
-Não me venha dar ordem.Tu não manda em mim e fumo quando eu quiser.Esse namoro acabou na mesma facilidade que fumo esse aqui.-Dou a tragada mais funda que ela já viu e percebe que sim,tô com muita raiva.
-Por favor,vamo conversar!Tu nunca foi de negar uma conversa e nesse caso então...
-Mais do que já conversei e falei contigo?Não,agora eu não quero saber de papo,você deveria saber que agindo daquele jeito,do seu jeito,tudo iria acabar,mais cedo ou mais tarde.Deveria saber que a dança das estações parou no inverno e a sala de arquitetura antiga onde iríamos dançar nossa valsa caiu sobre nós.Você criou a possibilidade de me perder.
-O jeito que tu fala me faz sentir mal,por que isso agora?
-Olhe pras suas mão.Espera,deixa eu tomar logo isso e acender outro...Pronto.Suas mãos.Só tão molhadas e antes ainda assim poderia me dar o afago que tanto lutei pra encontrar.Falso.Quando eu olho pras tuas mãos só me vem a imagem delas cobertas de sangue.E no lugar do sorriso mais amável que vi na terra agora vejo os dentes de um tubarão com metade do meu corpo nele.
-Tu sempre foi bom com as palavras,mas tás me machucando muito com isso!Fala,por favor,eu juro ficar calada,mas fa...
-Esse é teu problema!Sem ficar calada!
-Ei,mas toda vez que a gente conversava,um falando pro outro...
-Não.Você tinha dúvida,você não sabia agir,você que fazia merda sem pensar!Toda vez era eu que dava o braço a torcer,mas não quero mais quebrá-lo por alguém que não vale o preço do gesso que iria colocar nele.
-E vai falar que esse tempo todo tu nunca fez merda né?
-Claro que fiz!Eu sou humano,eu erro!Mas comparado contigo?Eu quero alguém que valha a pena meu sacríficio,que consiga dar o pingo de amor recíproco que você tanto maquiava,mas nunca foi tão verdadeiro,já cansei de te falar esse trecho de música "Dizer 'pra sempre' é bem menos do que sentir na carne querer de verdade". Mas dessa vez o lugar que era só teu EU fiz questão de dinamitar.Só isso.Não atendeu as expectativas,acabou.Simples assim.
-Sim,e você não pensa que eu posso crescer não?Tem que ser do teu jeito?
-Já dei tempo demais e nada.Todo esse tempo e sabe o que você fez?Deixa eu pegar o último cigarro aqui.Tu só fez me matar!!!Sabe o cara carinhoso e legal?É o sangue dele que eu vejo nas tuas mãos,que tu fez questão de matar.Não sei se vou ser o mesmo de antes com outra,espero que não,mas penso que sim...
-Como assim 'outra'?Pra quem falou que me ama tanto já pensa em outra?!
-Você foi a pior coisa que aconteceu na minha vida.Nem sei a troco de que tô aqui...espero que você encontre outro e me esqueça.
-Não vai dar!Não fala isso,eu te amo!!!
-Não.Você não me ama.Fica tranquila que logo menos eu viro recordação.Fomos só um caso de porta de colégio com idade avançada,nada além disso.Fui.

Ela percebeu que não tinha mais como voltar,o fantoche da sua própria vontade em que tinha se tornado.
Chorou.
Ele saiu e os usuários de crack o acharam mais importante.Sem nada(nem dinheiro nem coração nem afeto)só o que tinha nas suas veias serviu para eles.
Morreu
O cigarro na mão dele que viu tudo acontecer de vários ângulos e perspectivas.
Apagou.


Pedro Tremere,especialmente para você e Taumaturgo nas horas vagas.
A grande união se desfez,mas não me deixe outra vez queimar acreditando que nada iria ferir esses olhos cansados de sangrar,por todas as vezes que espadas e milagres tornaram meu vinho em veneno pra ratos. Ícaro Sobre as Chamas-Dance of Days
Você quebrou a grande união com suas próprias mãos e me deixou queimando acreditando que meus olhos iriam ver a luz de um paraíso inexistente.Se mostrou mais um amor tolo,rude,frio e morto.Conseguiu transformar vinho em veneno para ratos.
Está feliz agora?Espero que sim,pois também estou.
"Cansei de ser cuspe, cuspido por mim, pelos outros e pela vida.
Nenê Altro.
"Cansei de morrer pela sua mão.
Quem enfia a faca no MEU peito agora SOU EU!"
Pedro Tremere,faca no peito e riso no rosto e Taumaturgo nas horas vagas.
A noite hoje será produtiva.
O cutelo tá amolado,
o porco está calado
e o açougueiro não para de sorrir.
Bem, então você vem a mim
E cospe bem em minha cara
Eu nem mesmo senti isso
Isto é uma desgraça
Eu bato meu punho de encontro ao vidro
Eu nem mesmo sinto isso
Aconteceu tão rápido
 
Ain't it Fun - Dead Boys

sábado, 5 de novembro de 2011

Os lábios estão rachados e a garganta seca.O nariz cortado e cada pedaço do corpo arranhado.
É a falta que teu beijo e cheiro e toque faz,inunda cada lacuna que fica vazia depois de tanto tempo sem te ver.
Tanto tempo sem se ver,mas pouco tempo se vendo.
Fazer cada pouco minuto que o relógio faz questão de fazer passar tão rápido
dois inimigos do tempo se amando(ou tentando se amar)e só isso.
Infelizmente os gigantes de pedra empacam o caminho que temos em frente
empacam por insegurança,medo,essas coisas da vida sabe?
Até saber como eles são,conhecer cada um dos dois a jornada é dura
mas a caminhada de uma estrada que você simplismente não vê o final
faz dela mais gostosa,mais suada,mais carne na carne.
E quando a estrada acaba pra um,acaba pra outro.
Fazer o que se o destino tava afim que fosse assim?
Como nós pedimos escadas
Se ainda não temos o céu?

Lombra de hoje,tava precisaaando disso.




E quando a cabeça começar a estourar e o sangue ferver quente pelas veias.
Saiba que eu não sou criador de furacões,gosto de evitar,mas
Corra.É brisa virando tempestade e gênesis indo pro apocalipse.
Sem ter medo ou coisa parecida,vai levar tudo que tá na frente,sem pudor ou remorso.
Faça barricadas fortes ou proteja de qualquer forma,se não protejer bem o que você chama de casa,lar ou escudo, o furacão vai levar com mais vontade e tua própria casa,teu próprio lar e teu próprio escudo vão se sentir tão tristes que ser acabado num furacão com toda sua estrutura e grandeza é um destinho melhor do que viver em ruínas caíndo aos poucos.
Sem chorar nem olhar pra trás.
Vem.
Passa.
Destrói.
Segue.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

-Parou de deixar cigarro virado na carteira foi ?
-Uhum,faz é tempo já.
-Deixa ao menos um virado antes de fumar o 1° e faz um desejo véi!Vai que cola?
-Nem,parei de fazer isso por que num tenho mais desejos.
-Sem desejos?Que lombra é essa?!
-Isso mesmo,só sobrou espaço pra ambições.







Pedro Tremere,humano,demasiado humano e Taumaturgo nas horas vagas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Antes era tão mais fácil brotar alguma coisa pra escrever na cabeça,agora parece que tudo quanto é pensamento não quer chegar no papel(ou na minha,sua,na nossa tela do PC).Agora dá pra sentir na pele o que aqueles caras "de antigamente" falavam quando perdiam sua inspiração.É estranho,muito estranho.
Se imagine como se não tivesse mais uma parte da cabeça,como se essa parte estivesse totalmente oca,dá até pra sentir o vento passando numa brisa sossegada por onde já esteve tanta coisa,um brainstorm ou só meio verso de poesia iniciante e besta,uma frase bem livro de auto-ajuda tá ligado?
Mas porra,era o SEU meio verso de poesia.A SUA frase de livro de auto-ajuda!!!Fica complicado sentar pra escrever sem ter um ou os dois...
Foda é quando até o escárnio some,aquela vontade de gritar o 'FODASSE!!!' fica mais pra gritinho de donzela em apuros num filme B da antiga URSS.
Deus?Porra,já perdeu a graça,ao menos por enquanto ele tá fora de moda,quem sabe ele volta em outra tendência mais atual e que encha mais os olhos...agora A criação do homem do Michelangelo tá em preto e branco.Até sua Pietà tem mais vida...
Enfim,13 linhas(sem contar com essas que seguem) sobre o que não ter o que fazer não sei se é bom ou ruim.Se vai me fazer voltar a ter o que fazer ou ficar mais enterrado no ócio.Mas acho que 13 linhas em uma redação dava pra passar no ENEM,então acho que pro meu bem devo melhorar logo!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Nariz vermelho.

Todo mundo tem um !
Quando tá chorando muito por algo,o nariz muda a cor pra acompanhar os soluços e as angústias.
Se o céu está aberto e ficasse muito tempo sob ele,o Sol faz questão de deixar o nariz com a cor mudada.
Revoltasse com a situação em que se vive e se sente usando um nariz de palhaço.
Quando tá gripado ele muda de cor num instante pra não perder o ritmo do corpo.
Um elogio recebido e de muito bom agrado vai ser retribuído com uma bela corada no rosto...
E assim segue nessa infinidade de narizes e sentimentos e emoções,pois todo mundo chora,curte o Sol,se revolta,fica doente e se acanha.
E,como já foi dito,todo mundo tem um nariz vermelho!

Pedro Tremere,nariz entupido! e Taumaturgo nas horas vagas.