quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"Ele pode estar olhando as suas fotos. Neste exato momento. Porque não? Passou-se muito tempo. Detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz. Escondida. Sem deixar rastro nem pistas. Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boa . Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez ele volte. Ou não."
                             Caio Fernando de Abreu.

Sabe quando um texto cabe perfeitamente ao que se tá sentindo?Como se cada letra fosse uma batida do seu coração?Pronto.É esse texto ai.A ironia maior é o autor dele,muita ironia mesmo desse destino sagaz.Deu uma vontade doida de em cada palavra colocar um comentário pessoal.Mas não,esse texto é muito bonito pra um principiante estragar com seus comentários de 19 anos.Deixo-os na minha mente e memória,arquivados onde talvez saiam.Talvez não,vai da cara do freguês.
Mas quando eu li "De alguma forma, numa noite fria." eu realmente senti um arrepio(é SÉRIO!),isso eu senti!

Pedro Tremere,vestibular vestibular vestibular vai se danar!!! e Taumaturgo nas horas vagas.

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